Uma carreira na Hotelaria… Miguel Pinheiro
Continuamos a dar-lhe a conhecer melhor o trajeto profissional de quem dedicou a sua vida à hotelaria em Portugal. Hoje falamos com Miguel Pinheiro, diretor do 3HB Guaraná, unidade do Grupo 3HB Hotels localizada no Algarve.
Miguel Pinheiro nasceu em Faro, em junho de 1976. E explica que toda a infância foi vivida na cidade onde ainda hoje reside, Albufeira. E adianta que, sendo Albufeira originalmente uma pequena vila piscatória, as memórias levam-nos aos tempos passados na praia dos pescadores, repleta de típicos barcos de pesca de madeira a serem rebocados por tratores, na zona de rebentação, e carregados de peixe fresco. Recorda-se de acompanhar o avô em algumas pescarias noturnas e no tradicional negócio de compra e venda de peixe, muitas vezes realizado com o peixe ainda por retirar do barco.
Estando há já quase 30 anos na hotelaria, Miguel orgulha-se de apresentar uma evolução na carreira baseada no mérito profissional, indicando que se desafiou a complementar a experiência adquirida com a procura de formação que lhe permitisse continuar a adquirir conhecimento e a desenvolver capacidades na sua área de atuação. assim, tirou Direção Hoteleira no INESP e ainda um MBA em Gestão e Administração de Empresas na Universidad Camilo José Cela, em Madrid.
Como e quando iniciou a sua carreira na Hotelaria – quais os primeiros passos?
Iniciei o meu percurso profissional na hotelaria a um mês de completar 18 anos, em maio de 1994, no Aparthotel Ondamar, em Albufeira, como rececionista de Health Club e técnico de piscinas. Em 1998, saio do Ondamar para integrar o grupo Riu Hotels, no hotel Riu Falésia em Olhos d’Água, como técnico de piscinas. Em março de 1999, tive a oportunidade de integrar a equipa de receção do Riu Falésia, onde evoluí profissionalmente e cheguei a chefe de receção em julho de 2001. Em 2005, como chefe de receção, integro a equipa para abertura do hotel Riu Palace Algarve, função que cumpri até fevereiro de 2007, quando me foi lançado o desafio de ascender a subdiretor de hotel no Riu Puerto Marina Benalmadena, em Torremolinos, Espanha. Entre 2007 e 2011, estive em diferentes hotéis Riu, tanto em Portugal como em Espanha, sempre na função de subdiretor. Em março de 2011 integro o hotel Riu Guaraná, em Olhos d’Água, como subdiretor, passando a diretor deste hotel em 2014.
O que o apaixona no setor hoteleiro e ainda hoje o faz continuar a querer estar nesta indústria?
As pessoas! A possibilidade de cumprir e exceder as expectativas dos nossos clientes, assim como o fascínio da partilha, com clientes e membros das nossas equipas, de experiências e conhecimentos entre diferentes pessoas e culturas que contribuem para o desenvolvimento e conhecimento de todos os envolvidos.
A chegada ao atual grupo deu-se quando e como?
A minha entrada no grupo 3HB Hotels acontece em novembro de 2021. Num momento de crescimento e consolidação, o grupo 3HB Hotels decide assumir a gestão do hotel agora denominado 3HB Guaraná, e aí me é dada a oportunidade de transitar da empresa anterior e abraçar um novo e desafiante projeto, aliado ao conforto em manter o mesmo local de trabalho .
E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo hoteleiro até aos dias de hoje?
Como diretor do hotel desde a reabertura com a nova gestão, acompanhei e participei no processo de reforma e melhorias estruturais que nos permite enfrentar as novas tendências e exigências dum mercado que contempla clientes cada vez mais exigentes.
Como define as suas funções dentro do grupo atualmente? E que tipo de gestão procura fazer em termos de equipa?
Dentro do grupo, tenho o privilégio de ser o representante de várias equipas profissionais e extremamente motivadas que trabalham arduamente no dia a dia para proporcionar memórias inesquecíveis aos clientes que nos visitam. Apesar da maior responsabilidade, sou apenas mais uma peça numa grande ‘’engrenagem’’ que põe toda a máquina a funcionar. Fomento uma filosofia de proximidade das equipas nos momentos de maior fluxo de serviço nos seus departamentos. Mantenho sempre a porta do escritório de direção aberta, para que o diretor esteja sempre disponível para o diálogo com os membros das equipas e clientes. Não sou adepto de reuniões longas e pormenorizadas, prefiro ‘briefings’ curtos e periódicos com as equipas, onde é comentado o essencial, traçados os objetivos, finalizando com palavras de motivação.
Quais os momentos que o marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?
Felizmente, em quase 30 anos de hotelaria, são muitos os momentos que marcam o meu percurso profissional de forma positiva. Ficam sobretudo as grandes relações de amizade que nasceram em ambiente profissional, assim como todas as pessoas que vi evoluir profissionalmente ao longo destes anos, com a feliz sensação de que em algo contribuí para o seu desenvolvimento.
O primeiro ano de crise pandémica foi um momento negativamente marcante. Além da incerteza em relação à saúde e à duração da pandemia, sendo o Algarve uma região sazonal, vi de perto situações dramáticas a nível social e económico, com colaboradores cujos locais de trabalho não chegaram a abrir, a enfrentarem graves problemas de subsistência por não terem contrato de trabalho assinado, sendo os apoios governamentais insuficientes para o seu sustento e de suas famílias.
Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?
O principal objetivo é consolidar o hotel 3HB Guaraná, procurando formas de potenciar a excelente equipa à qual pertenço, na melhoria contínua da qualidade do serviço com resultado no aumento da satisfação dos clientes. Estando já na segunda metade do ano, importa analisar, identificar e estabelecer novas metas a atingir para 2024.