The Leaf Boutique Hotel: “A minha preocupação é manter a procura em relação a 2023”
Já a caminhar para mais um verão, é altura de se fazerem alguns balanços de como está a correr este ano e quais são as previsões dos hoteleiros para este ano. Ambitur.pt falou com Paulo Ferreira, general manager do The Leaf Boutique Hotel, unidade localizada no centro de Lisboa, que admite que a procura para este primeiro semestre está a ser inferior a igual período de 2023. De acordo com o gestor, a receita este ano já caiu cerca de 49% face a 2023, e o preço médio também registou uma diminuição de 24%. Referindo-se concretamente ao período da Páscoa, o responsável adianta que, relativamente ao ano passado, a ocupação caiu cerca de 30%, com o principal mercado a manter-se o espanhol, que aproveita as pontes do país.
a receita este ano já caiu cerca de 49% face a 2023, e o preço médio também registou uma diminuição de 24%
Relativamente ao verão, Paulo Ferreira esclarece que, neste momento, “a antecipação de reservas não possui o mesmo carácter de espaçamento de tempo em relação aos dois anos anteriores” e confessa que as estimativas são praticamente feitas mês a mês quando, anteriormente, os indicadores eram de mais de dois meses. Quanto a mercados, não há alterações nesta unidade hoteleira, com os países nórdicos a apostarem no conceito do The Leaf Boutique Hotel por se identificarem com as preocupações de sustentabilidade ambiental. O diretor geral prevê, ainda assim, um aumento de 5% na ocupação, com um preço médio ligeiramente abaixo de 2023.
O diretor geral prevê, ainda assim, um aumento de 5% na ocupação, com um preço médio ligeiramente abaixo de 2023
A estratégia de Paulo Ferreira passa, há já três anos, por fazer o orçamento para o ano seguinte tendo por base não as receitas inicialmente mas sim os custos, pois “tenho uma maior percentagem de segurança em relação aos custos paralelamente às receitas”. Por outro lado, explica, os preços médios vão sendo ajustados semanalmente aos custos já pré-definidos até porque, reconhece “algumas incertezas nacionais, mas mais internacionais, podem alterar substancialmente e quando prevemos o nível de receita, a margem de erro é bastante maior”. Neste momento, sublinha, “a minha preocupação é manter a procura em relação a 2023 porque não creio que vá aumentar os resultados gerais de 2024”. Isso será feito com vista a manter os índices de satisfação elevados, o posicionamento e a pontuação do hotel com um nível superior para “manter o projeto com a sua identidade própria a nível de sustentabilidade de experiência ao cliente”, resume.
Por Inês Gromicho