Tendências e desafios na operação turística nacional em 2023 (III)
A operação turística nacional viveu um turbilhão de acontecimentos nos últimos três anos com a chegada da pandemia. O ano que terminou trouxe um sabor de normalidade à atividade, fazendo quase esquecer que os três primeiros meses de vendas ainda foram praticamente nulos em termos de volume de negócio para as empresas. Mas, olhando para 2023, as incógnitas e desafios à sua atividade são grandes, assim como o comportamento do consumidor. Ouvimos oito operadores turísticos e o sentimento geral é que, apesar do desconhecido, não vale a pena ser pessimista, nem otimista. As empresas, no próximo ano, terão que ser realistas, acima de tudo. Leia aqui a 3ª e última parte deste trabalho, depois de já termos publicado a 1ª parte e 2ª parte nas últimas semanas.
Tendo em conta a ameaça da diminuição do poder de compra do consumidor e o aumento do preço das viagens levanta-se a questão de perceber se uma sobre-oferta no mercado poderá ser ainda mais prejudicial ao negócio em 2023.
Indica Gonçalo Palma, diretor geral da Soltrópico e Egotravel, que 2022 foi um ano muito positivo: “Estamos muito contentes, pois vamos atingir os melhores resultados de sempre, tanto num operador como no outro. Temos, no entanto, a noção de que as condições deste ano podem não se repetir”. Para o responsável, em anos anteriores, o que sucedia de forma generalizada é que oo ano seguinte a bons resultados era sempre mau, porque existe uma sobre-oferta no mercado provocada pela procura do ano anterior. As decisões sobre o aumento de produto são feitas por cada operador, sendo que o efeito prático que tem no mercado é multiplicador. “Se eu fiz 15 mil lugares, para o ano quero fazer 17 mil e todos pensamos isto, só que o mercado de consumo não cresce a este ritmo”, destaca o entrevistado. O responsável refere ainda que o cenário poderá ser mais complicado porque, para o ano, por exemplo, os circuitos europeus e cruzeiros já estarão com procura, o que significa que haverá uma transferência de clientes entre produtos. “O mercado vai ser necessariamente desviado, o que me preocupa é sempre a sobre-oferta”, reforça, acrescentando que “depois temos sempre o problema crónico dos grandes operadores espanhóis que jogam um outro jogo. Nem sempre é fácil, mas também temos de saber tirar partido disso, é algo a que já estamos habituados, vamos deixar que seja o próprio mercado a regular estas situações”.
Por seu lado, Tiago Encarnação, administrador da Lusanova, refere que é fundamental encontrar-se um equilíbrio entre as perspetivas económicas, o aumento da oferta e aumento do preço.
Já Nuno Aleixo, diretor de produto da Ávoris e diretor geral da Nortravel, destaca que, face ao leque de produtos preparados para colocação no mercado, vai ter que haver reajustes inevitavelmente. A visão da Nortravel e do grupo Ávoris em Portugal é uma: “Estamos a levantar as operações e não é para brincar, são para se realizar. Como nós, todos os restantes operadores, felizmente estamos num mercado bastante sério e confiante. Mas, se não houver procura, se houver algo indeterminado, terá que haver um reajustamento de toda a programação”. E exemplifica: “Estamos com um charter para Salvador, para o verão de 2023, no entanto estamos com sérias dificuldades ao nível do preço da hotelaria no Brasil, porque o turismo interno neste país está muito elevado. Anunciámos que é nossa intenção fazer esta operação, ainda está em carteira, mas é um desafio. Estamos aqui a falar de portugueses para o Brasil e brasileiros para Portugal”.
Para Duarte Correia, diretor-geral para Portugal da World2Meet, “há sempre surpresas. Vamos esperar, o nosso objetivo é a consolidação do nosso marketshare e vamos ajustando o produto de acordo com a procura que exista no mercado”.
O “fator” Aeroporto de Lisboa
Se há hoje um grande condicionador na preparação da programação por parte das empresas que apostam em destinos através de voos charter é o Aeroporto de Lisboa. Mas, mesmo os operadores que não apostam nessa vertente de transporte aéreo, se dizem prejudicados com a situação atual, pois o serviço do aeroporto, assim como o cancelamento de voos, têm prejudicado a sua atividade. Um dos desafios para a operação turística do próximo ano é pois o Aeroporto de Lisboa.
“O aeroporto de Lisboa é uma condicionante. Já é uma condicionante crónica da operação turística nacional, está sempre lá, alivou um pouco durante a pandemia devido ao contexto, mas o problema dos slots voltou”, dá o mote Gonçalo Palma, da Soltrópico. Esta é, de acordo com o entrevistado, uma situação que fragiliza os operadores, não só pela limitação de colocarem voos à saída de Lisboa, como não têm qualquer direito adquirido por parte das operações feitas no passado ou tradicionalmente, pois este direito é veiculado à companhia aérea, a quem é atribuído o slot. Indica o responsável que isso tem um efeito perverso para o operador, ou seja, o facto de não poder largar essa companhia aérea, não permitindo uma melhor negociação com outra companhia. Esta situação “não nos deixa alternativa, estamos agarrados a essa companhia aérea, àquele serviço, àquela parceria, para o bem e para o mal”, enfatiza, concluindo que “se pensarmos que os clientes e o risco são meus, esta é uma situação condicionadora”. Olhando para alternativas, o responsável não vislumbra nenhuma, por exemplo, o aeroporto de Beja não serviria os interesses para os destinos da Soltrópico e Egotravel pois falamos de ligações para a Ilha do Sal, Porto Santo, Brasil e Djerba, rotas com concorrência. “Ou seja, iríamos operar do aeroporto de Beja com companhias que têm o mesmo produto à partida de Lisboa, nos melhores dias da semana. Isto é uma concorrência desleal; estamos a concorrer com ferramentas diferentes, com um tipo de produto diferente”, acrescenta o interlocutor.
Mesmo dentro dos operadores que operam nos circuitos, o alerta é idêntico, como refere Tiago Encarnação, da Lusanova: “Dentro da nossa operação a importância do aeroporto de Lisboa é muito importante; também influenciará a nossa operação e algumas das suas limitações”.
Há duas empresas de operação turística em Portugal com alguma vantagem neste cenário – a Ávoris e a W2M, que têm agregadas companhias aéreas próprias que conseguem assegurar, por essa via, slots de voos que já efetuaram em anos transatos. No entanto, Constantino Pinto, diretor comercial da Ávoris, não deixa de considerar o que se verifica no aeroporto de Lisboa como uma limitação. “Estamos salvaguardados no que diz respeito à longa distância, no caso das Caraíbas, porque a nossa companhia aérea tem histórico; em relação às ilhas espanholas também diria que sim, mas todas as outras operações estão dependentes da possibilidade de termos ou não slots, nomeadamente em Lisboa, dado que no Porto não temos ainda esses problemas, estará tudo garantido”, indica o responsável. O entrevistado afirma que esta condicionante não lhe permite dizer que dorme descansado apesar de, no próximo ano, não pretenderem aumentar em termos quantitativos a oferta, o que vai permitir à partida resolver o problema. “Mas há uma grande incógnita, não dormimos descansados”, acrescenta.
Da parte da W2M, o cenário é semelhante. Para Duarte Correia definitivamente as companhias aéreas charter estão a fugir de Lisboa, isso é real, e o Aeroporto do Porto pode ter vantagem relativamente a essa realidade. “Temos dificuldades sim, há dificuldades em obtermos slots, veremos o que vai acontecer. Esse é, em definitivo, um desafio para a programação de 2023”, conclui.
A Viajar Tours admite que, em 2023, algumas operações que historicamente sempre foram baseadas em Lisboa, poderão vir a estar baseadas no Porto devido à falta de espaço na capital. Para Nuno Anjos, diretor de Vendas e Marketing do operador, entrando dentro do produto charter, os operadores turísticos começam, principalmente em Lisboa, a ver o seu espaço cada vez mais reduzido e aquela que podia ser a sua competitividade à partida de Lisboa, a não ser operações históricas, leva a que não tenham hipótese de colocar mais produto diferenciado no mercado, porque esse espaço dentro do aeroporto cada vez mais lhes é vedado por não haver slots disponíveis. “No Aeroporto do Porto ainda conseguimos ter algum espaço, muito embora também já comece a sofrer com a sobrecarga de horários”, acrescenta o interlocutor.
Da parte da Solférias, o diretor geral, Nuno Mateus, indica que este é um dos motivos pelo qual não vai haver muita alteração em relação ao que fizeram em 2022: havendo as limitações no Aeroporto de Lisboa, não é fácil colocar novas operações. “Temos de manter, em primeiro lugar, os slots de todas as operações que tivemos em 2022. Esse é o primeiro grande objetivo, tudo o que está a acontecer em relação ao Aeroporto de Lisboa para a operação é péssimo. Não tenho outra forma de o exprimir”. Enfatiza o entrevistado que “o grande problema da operação turística nacional chama-se Aeroporto de Lisboa”, acrescentando “que os principais destinos de Portugal são-no porque têm boas ligações aéreas, nenhum destino turístico resiste sem esse fator”. Com este cenário, naturalmente não é fácil aumentar a capacidade charter da Solférias. O operador no entanto não afirma que não possa acontecer, pois “o que acontece é que ao dia de hoje temos alguns contratos assinados e outros em vias de finalização mas, no passado verão, já perdemos duas operações por não termos conseguido assegurar os slots”.
Sustentabilidade do negócio
Todos os intervenientes com quem falámos em algum ponto da conversa destacaram a necessidade da sustentabilidade do negócio da operação turística em Portugal. Os vários desafios e tendências que se apresentam ao dia de hoje na preparação do próximo ano são cruciais para a evolução do negócio das empresas. Será este o grande desafio do setor em 2023, a sustentabilidade no negócio?
Se Duarte Correia, da W2M, indica que “se tivermos um ano idêntico ao que tivemos em 2022 já será muito bom, pois será uma oportunidade para consolidar operações”, por outro lado, Tiago Encarnação considera que “fatores externos como a economia, pandemia ou uma guerra não são possíveis de controlar. A diferença vai ter de ser feita dentro das empresas, vamos ter que explorar os nossos pontos fortes e eliminar os fracos. Uma empresa como a Lusanova, que tem a longevidade que tem e uma estrutura sólida, vai ter de fazer um trabalho interno sobre os nossos recursos humanos e sobre a marca em si no sentido de se reinventar e de procurar no mercado determinados destinos onde achamos que conseguimos ser competitivos”.
Para Constantino Pinto, da Ávoris, não pode haver um desequilíbrio das operações do mercado como um todo, pois o que está em jogo é a sustentabilidade das empresas, dos postos de trabalho. E se hoje as empresas operam com relativa tranquilidade em relação ao desemprego, esta situação não se irá manter eternamente. “É necessário começar a apostar a sério na sustentabilidade das empresas, para garantir que vamos continuar a trabalhar”, acrescenta.
Numa análise ao mercado da operação turística alguém nos indica “que hoje temos os operadores espanhóis a disputar cada vez mais o seu espaço no mercado com a inclusão de voos e a tentar ganhar ao máximo o seu espaço dentro das agências. Alguns, que têm empresas aéreas, a ganharem espaço dentro do Aeroporto de Lisboa e depois temos os operadores turísticos portugueses a tentarem sobreviver, a tentarem meter operações de Lisboa que cada vez é mais difícil e a cada vez verem mais o seu espaço e competitividade a desaparecer, com cada vez menos produto, pois o Aeroporto de Lisboa está a condicionar as operações turísticas à partida de Portugal. Além disso os espanhóis continuam a dar tudo e mais alguma coisa às agências, que é uma forma de atuar diferente dos operadores nacionais que têm que ganhar dinheiro”.
Mas Constantino Pinto replica: “O trabalho de casa que estamos a fazer, e falo da Ávoris, passa mais do que lançar operações, por ponderar seriamente se essas são viáveis. Ou seja, se o preço a que vamos poder comercializá-las é um preço assumível por parte do cliente, se não, não vale a pena fazê-las. Não faz sentido estarmos a vender o que custa 100 a 80. Isto é a morte de uma crónica anunciada”. Indica o responsável que o que tem de se fazer é apostar naquilo que trará rentabilidade. “A quantidade pode ser importante mas talvez não tenha de ser a prioridade este ano”, admite mesmo o interlocutor. Para o entrevistado, este é o grande desafio para a operação turística do próximo ano: conseguir ter um produto no mercado que dê e garanta a qualidade necessária ao cliente e que dê às empresas condições para garantir essa qualidade. Ou seja, “que possamos comercializar um produto com as margens que nos permitam, por um lado, respeitar os custos sem lhes tocar, cobrindo os nossos custos de operação e ainda ganharmos algum dinheiro, é tão simples quanto isso”, indica.
Para Nuno Anjos, da Viajar Tours, a operação turística a nível nacional continua a ter o seu próprio espaço dentro do mercado, muito próximo das agências de viagens. No entanto, sabemos que as companhias aéreas, ao nível dos pacotes aéreos regulares, estão cada vez mais competitivas relativamente aquilo que são as ferramentas que os próprios agrupamentos de agências de viagens fornecem aos seus associados. Sendo assim, conclui o responsável que isso é positivo e faz com que as agências de viagens fiquem cada vez mais competitivas e ganhem também perante a opinião pública final um espaço que antigamente era posto em causa pela margem que estas podiam ou não ganhar. Hoje em dia, dentro do voo regular, isso começa a desaparecer, as agências de viagens começam cada vez mais a trazer clientes até si e isso faz com que o produto que os operadores possam desenvolver para as agências seja cada vez mais competitivo. Mas, para Nuno Anjos, a tour operação portuguesa face à espanhola tem formas diferentes de fazer os seus cálculos e de estar dentro do mercado: “Não quero colocar os operadores turísticos espanhóis versus os portugueses, porque estamos num mercado global e creio que mesmo a operação turística nacional tem, ano após ano, vindo a adaptar-se aquilo que são as realidades que vão encontrando no mercado, sejam eles vindas da nossa vizinha Espanha, sejam elas vindas dos inúmeros fornecedores a nível mundial”.
Nuno Mateus, da Solférias, por seu lado, destaca que com a troika o mercado aprendeu muito: “Hoje cada um não anda com as suas operações, mas partilhamo-las, os operadores têm uma boa relação, não há segredos na informação. No nosso caso, só não partilhamos o Egito e o Senegal, todas as restantes operações são partilhadas e, curiosamente, partilhamos com operadores diferentes. Isso acaba por oferecer dimensão às operações que colocamos porque em conjunto é mais fácil aumentarmos o número de operações”, destaca.
Para Constantino Pinto, o mercado tem uma grande tarefa em mãos, “concertar posições, chegar a entendimentos, apoiarmo-nos mutuamente e juntos conseguirmos fazer face às dificuldades; é muito importante que sejamos capazes de fazer isto. Senão, não vejo grande futuro para boa parte das empresas que operam no nosso setor”.
Duarte Correia, por seu turno, indica que “não acredito em fricções no mercado português até porque nós ganhámos o nosso espaço com humildade, não demos um «chega para lá» a ninguém, não fizemos guerra a ninguém, aparecemos com produto que o mercado, e volto a insistir, exigia, não falamos só em destinos, mas com produto que compõe os destinos, vendemos de maneira diferente, demos soluções aos passageiros, aparecemos com um produto diferenciado e vamos querer continuar na mesma direção”. O responsável da W2M insiste que “não acredito que trouxéssemos alguma fricção na operação turística nacional, no entanto, há quem se tenha ressentido porque obviamente o mercado não é assim tão elástico quanto parece, mas quando aparecemos com um produto diferenciado houve quem deixasse de vender para nos comprarem a nós. Nesse aspeto terá havido alguma fricção, mas não pretendemos criar fricção com rigorosamente ninguém, criámos o nosso espaço por mérito próprio”.
Para Rui Pinto Lopes, diretor-geral da Pinto Lopes Viagens, “o nosso nicho não é melhor que os outros, cada um tem as suas virtudes e os seus problemas, são nichos diferentes. Para quem faz praias este ano teve um ano brutal. Eu tive um ano bom, mas não consegui ultrapassar 2019”. A Pinto Lopes Viagens é uma empresa híbrida neste mercado, pois atua como operador turístico e vende o seu próprio produto em exclusivo como agência de viagens. Uma forma de especialização que a empresa considera que é um dos caminhos e foi esse que escolheu. A sua filosofia passa por um foco nessa especialização, tentando aperfeiçoar os serviços ano após ano, com as dificuldades de qualquer atividade. Recorda Rui Pinto Lopes que“2022 foi desafiante e foi aqui que muitos dos nossos clientes encontraram um parceiro para manter para a vida, pois tivemos grupos que ficaram no chão pelo cancelamento de voos”. Admite que isso lhe custou dinheiro: “Custou-nos, tivemos casos de companhias que deixaram os clientes sem solução durante dois a quatro dias e nós comprámos voos ao lado, quem vai pagar isto tudo?”. De acordo com o responsável, “nalguns casos seremos nós a ter que arcar com isso, mas uma empresa da nossa dimensão tem um nome a defender na praça e quem viaja com a Pinto Lopes Viagens está à espera de um serviço de confiança”. Esta forma de atuar traz um custo para a operação das empresas e é por esse motivo que a Pinto Lopes Viagens considera que as empresas têm que trabalhar com margens confortáveis, têm que ter uma planificação, porque o mercado está exposto às vicissitudes da sua atividade e não pode, de repente, ficar com um grupo de 70 pessoas no meio da Noruega, como já lhe aconteceu, longe de tudo e com uma greve de uma companhia aérea que duraria de uma semana a 15 dias.
Considera ainda o entrevistado que, neste momento, só é agente de viagens quem tem paixão pelo mundo das viagens. “Em tom de brincadeira digo que ser agente de viagens é uma profissão de risco. Nós devemos ter um dos maiores índices de possibilidade de ter um ataque cardíaco, acordamos às 3h da manhã com a notícia de que afinal o avião vai ser cancelado, chegamos ao hotel e está em overbooking, no restaurante esqueceram-se da nossa reserva, os guias não aparecem porque têm trabalho em Portugal sem terem que passar recibos… para nós, agentes de viagens, isto é um drama”, acrescenta Rui Pinto Lopes. E continua dizendo que “isto é uma profissão de risco, porque cada vez temos mais obstáculos para o desenvolvimento da nossa profissão, cada vez há mais problemas para conseguirmos que o cliente vá e venha por um preço que achamos correto ou justo, que venha satisfeito com a qualidade da viagem em si”. Mas, em vez de amargurado, o interlocutor afirma-o com uma grande gargalhada, “pois é desafiante, é ótimo, é bom, queremos cada vez sempre mais”, mas sustentando nunca dar um passo maior que a perna e que o foco tem de estar sempre no cliente, “este é que nos paga as contas”. Resumindo, lembra que “uma empresa que deixe de ter um foco no cliente não terá futuro. Mas o cliente também ter que ser educado no sentido de saber que para ter boas omeletes tem que ter ovos. Sem ovos não se fazem omeletes. Pode querer uma viagem de baixo preço, tem o ovo de aviário, se quer uma experiência diferente terá o ovo caseiro, mas são precisos estes ingredientes para fazer a omelete”.
Por Pedro Chenrim