Os profissionais do turismo em todo o mundo mostram um compromisso forte e duradouro com a indústria e manifestam elevados níveis de satisfação profissional. A sua abordagem orientada por um propósito, impulsionada pela paixão pelas viagens e pelas ligações humanas, continua a moldar o setor e ajuda os especialistas a lidar com a crescente complexidade do ambiente pós-pandemia. Estas são as conclusões do mais
recente relatório da RateHawk, “o que Potencia os Profissionais do Turismo”, que explora a visão dos profissionais do setor sobre a indústria das viagens em constante evolução.
A RateHawk, um sistema online B2B para reserva de hotéis, voos e transfers, realizou um inquérito a mais de 1.300 profissionais na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e Conselho de Cooperação do Golfo (GCC). O estudo analisa as principais motivações e desafios dos agentes, bem como o papel da tecnologia no setor das viagens em 2025.
A primeira parte do relatório centra-se nas tendências da experiência dos agentes de viagens e nos principais fatores que sustentam as suas carreiras duradouras.
Compromisso a longo prazo e uma nova onda de popularidade
Os profissionais do turismo demonstram uma forte lealdade ao setor, com 42% dos inquiridos a contar com mais de 15 anos de experiência. Esta tendência é particularmente evidente na Europa (51% em média), especialmente em Itália (68%), Alemanha (64%) e Espanha (52%).
Ao mesmo tempo, a indústria continua a atrair novos profissionais, com 18% dos inquiridos a nível mundial a indicar que entraram recentemente no setor e têm entre 1 a 3 anos de experiência. Em algumas regiões, esta percentagem é significativamente maior — por exemplo, 23% na América do Norte e 25% na América Latina.
Entretanto, um em cada quatro inquiridos em todo o mundo (25%) trabalha na indústria entre 4 e 10 anos, enquanto 15% têm entre 11 e 15 anos de experiência.
Hoje em dia, a indústria das viagens continua a atrair novos especialistas, sendo, segundo relatórios globais, um dos setores profissionais que mais cresce. “O estudo destaca também a crescente popularidade da profissão de consultor de viagens nos últimos três anos. Este fenómeno é impulsionado pela transformação da economia após a pandemia e pelo desejo dos viajantes da nova geração de contar com agentes de viagens na planificação das suas viagens”, comentou Astrid Kastberg, diretora geral da RateHawk.
O inquérito revela que 93% dos participantes trabalham em pequenas e médias empresas com até 50 colaboradores. Destes, 50% dos agentes de viagens a nível mundial trabalham em empresas com 2 a 5 pessoas, sendo a maior concentração na Europa (58%) e na América Latina (47%). Cerca de 17% dos profissionais atuam como agentes independentes, sendo a América do Norte a região com a maior proporção (22%). Em contraste, profissionais independentes são muito menos comuns na Ásia e no GCC, onde predominam empresas de dimensão média (6 a 50 colaboradores), representando 44% e 51%, respetivamente. A nível global, as empresas de dimensão média representam 26% dos inquiridos. Apenas 7% dos participantes trabalham em empresas com mais de 50 colaboradores.
“Uma vez que a maioria das empresas do setor das viagens é relativamente pequena, a eficácia é fundamental. O sucesso depende de cada membro da equipa, razão pela qual a RateHawk desenvolve ferramentas tecnológicas para ajudar os agentes a destacar-se e a oferecer um serviço excecional com menos esforço”, partilhou Astrid Kastberg.
Motivação pela curiosidade e pelo contacto humano
A satisfação no trabalho é notavelmente elevada na indústria das viagens, com impressionantes 92% dos profissionais a classificarem-se como satisfeitos ou muito satisfeitos nas suas funções. A América Latina lidera com a taxa de satisfação mais elevada, com 95%. Apenas 1% dos inquiridos a nível mundial referiu estar insatisfeito.
De acordo com o inquérito, os profissionais de turismo em todo o mundo sentem-se mais motivados pela oportunidade de criar experiências memoráveis para os seus clientes (51%), explorar novos destinos (42%) e receber feedback positivo dos clientes (39%). Isto reflete uma abordagem centrada no fator humano que impulsiona as carreiras dos agentes. Um em cada quatro inquiridos também valoriza a independência que a carreira de agente de viagens oferece, enquanto o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (21%) e os incentivos financeiros (15%) são menos frequentemente apontados como os aspetos mais gratificantes.
Ao interagir com os clientes, os inquiridos consideram que os aspetos mais gratificantes do seu trabalho são a construção de relações de longo prazo (36%), o feedback positivo (30%) e ajudar os clientes a encontrar a oferta perfeita (26%). Em contrapartida, concretizar vendas de alto valor é visto como uma experiência bem menos recompensadora, tendo apenas 8% dos inquiridos assinalado esta opção.
Para manterem a motivação, os profissionais de turismo escolhem o desenvolvimento profissional e empresarial contínuo: 46% participam em eventos da indústria de viagens, 45% definem metas pessoais de vendas, 39% valorizam as redes profissionais e 31% participam regularmente em webinares e cursos de formação. Outros hábitos motivadores incluem experimentar novas ferramentas de inteligência artificial, explorar parcerias e realizar viagens pessoais para criar itinerários melhores para os clientes.
“A indústria das viagens tem-se sempre destacado pela atração de especialistas apaixonados, que adoram explorar o mundo e ajudar os outros a criar experiências significativas. A nossa missão é capacitar tanto os profissionais experientes como os recém-chegados com soluções tecnológicas que simplifiquem as tarefas rotineiras e lhes permitam concentrar-se nas partes do trabalho de que mais gostam. Este relatório reflete o nosso compromisso em apoiar a comunidade de profissionais do turismo e em promover o desenvolvimento sustentável da indústria das viagens em geral. Acreditamos que, ao compreender melhor as verdadeiras necessidades e motivações dos agentes de viagens, os intervenientes podem criar soluções mais relevantes”, partilha Astrid Kastberg.
O relatório baseia-se num inquérito realizado no segundo trimestre de 2025. Os inquiridos foram representantes dos setores de viagens de lazer e de negócios, incluindo agências de viagens, empresas de gestão de viagens, operadores turísticos, membros de agências anfitriãs e consultores de viagens independentes.






















































