Programa de integração e formação de imigrantes e refugiados no setor do turismo poderá avançar no início do próximo ano
Anunciado em meados do ano, no âmbito do Programa Acelerar Economia, com uma dotação de 2,5 milhões de euros para 1000 imigrantes, o programa de integração e formação de imigrantes e refugiados no setor do turismo poderá avançar no início do próximo ano no terreno, envolvendo uma parceria com a AIMA e CTP.
De acordo com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, à margem da 20.ª Convenção da Airmet, que decorreu em Angra do Heroísmo, “hoje, estamos perante a constatação de que já não é suficiente a capacidade de captar mão-de-obra de países de língua oficial portuguesa, temos profissionais de várias partes do mundo, é por isso que no domínio da política pública temos a responsabilidade de criar instrumentos que possam ajudar a resolver esse problema e, mais do que isso, a conquistar níveis elevados de serviço”.
Sendo assim, recorda que “foi por isso que criámos o programa de formação para imigrantes que vai ser lançado, espero, ainda até ao final deste mês, em que o Turismo de Portugal tem uma dotação de dois milhões e meio de euros através da sua rede de Escolas do Turismo de Portugal em que vamos formar no mínimo mil pessoas, numa parceria com a Confederação do Turismo para que a formação que fazemos a montante tenha ligação direta com a colocação desses colaboradores a jusante diretamente com as empresas que têm, em função das suas prioridades, a necessidade de termos mão-de-obra qualificada”.
O responsável, neste âmbito, adianta que estão a fazer protocolos com Cabo Verde, Angola, São Tomé, Timor e Uruguai, “sendo que também temos o interesse da Arábia Saudita em fazer em Portugal formação para os seus quadros”. Acrescenta o responsável que a questão dos recursos humanos é crítica para o país, assim como a formação e capacitação. Esta é uma das 60 medidas no programa Acelerar Economia.
“Pretendemos formar em tempo recorde 1000 pessoas, dando uma formação entre 60/90 dias. Queremos lançar o processo até ao final do ano”, acrescenta o responsável, podendo ter reflexo no terreno no início do próximo ano.
Por Pedro Chenrim, na 20.ª Convenção Airmet, em Angra do Heroísmo