“Precisamos de recuperar os valores do mercado brasileiro antes da pandemia”
No âmbito do Festuris – Feira de Turismo de Gramado, onde Portugal marcou uma presença oficial, sob o “chapéu” do Turismo de Portugal, destacando a oferta de luxo, Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, em declarações à imprensa turística nacional, destacou a necessidade de uma recuperação rápida dos números do mercado brasileiro para Portugal, antes da pandemia. O Alentejo aposta estrategicamente nos estados com maior poder de compra do Brasil, como é o caso do Rio Grande do Sul, onde decorreu o evento.
Indica Vítor Silva que “o modelo da presença portuguesa este ano no Festival de Turismo de Gramado é muito bem conseguido, com uma aposta no segmento de luxo. No certame contactámos com alguns dos agentes com quem já trabalhamos, sendo esta uma oportunidade única para novos contactos, havendo desde o início do evento uma agenda de reuniões programadas”. Recorda o interlocutor que “o mercado brasileiro antes da pandemia era o nosso segundo mercado externo em dormidas e proveitos, perdeu-se durante a pandemia, e é aquele onde mais dificilmente estamos a recuperar, registamos uma queda nas dormidas de 9% e precisamos de recuperar essa margem”.
O Enoturismo no sul do Brasil, tendo em conta as condições climatéricas, é um segmento muito importante, pois há produção vitivinícola. Por outro lado, o maior mercado de exportação de vinho do Alentejo é o Brasil. Esta é uma das ligações que tem permitido o sucesso turístico do Alentejo no Brasil, algo que continuará a ser trabalhado. De acordo com Vítor Silva, “estamos a estudar com a CVR Alentejo, nosso associado e membro da direção da Agência, a apresentação de uma candidatura onde vamos ligar o enoturismo com o território”. Por outro lado, para 2024, “estamos a fechar o nosso Plano de Atividades, foi enviado do ponto de vista administrativo por parte do Turismo de Portugal, em outubro, as guidelines com que temos que nos conformar relativamente às verbas da contratualização, apesar de termos outros meios de financiamento que dão mais margem de atuação. Enviámos ao Turismo de Portugal até ao último dia de outubro a nossa proposta de Plano de Atividades do próximo ano, isso foi feito. O Turismo de Portugal agora pronunciar-se-á sobre o mesmo nas próximas semanas”. Concluindo, indica Vítor Silva, “o Brasil é um mercado que está na primeira linha neste Plano”.
Por Pedro Chenrim, em Gramado, a convite da TAP.