Porto e Norte acredita que mercado britânico será dos que mais crescerá na região

O Turismo do Porto e Norte organizou mais um webinar, desta vez dedicado ao Reino Unido, onde estiveram em particular destaque as oportunidades surgidas com a inclusão de Portugal na “lista verde” dos destinos turísticos.

O webinar “A Hora do Reino Unido” contou com a participação de Cláudia Miguel, coordenadora da equipa de turismo no Reino Unido, que começou por destacar a forte tendência de crescimento da procura do destino Porto e Norte em 2019, interrompida pela crise pandémica. Cláudia Miguel realçou a enorme recuperação de Portugal nos últimos meses, mérito de todos os portugueses. “Em fevereiro estávamos no fundo da tabela e somos agora o terceiro país da União Europeia com menos novos casos de covid-19 por milhão de habitantes. Isto deve-se ao esforço de todos os portugueses e deve ser um motivo de orgulho”.

Os britânicos podem agora visitar Portugal, desde que apresentem um resultado negativo em teste PCR, no máximo 72 horas antes de embarcarem no avião. A abertura das fronteiras ao Reino Unido veio ainda colocar à prova a capacidade de receção de Portugal aos turistas britânicos, teste passado com distinção.

Sobre o perfil do turista britânico, a responsável esclareceu que são sobretudo de cidadãos com mais de 55 anos, oriundos de Londres e sul de Inglaterra, que não foram economicamente afetados pela pandemia e que marcam as férias através de agências de turismo. As estadias mais prolongadas é outra das tendências verificadas, havendo aqui uma oportunidade para os operadores turísticos do Porto e Norte promoverem pacotes de experiências entre a oferta cultural do Porto e as quintas históricas do Douro vinhateiro. “O Porto e Norte tem uma grande diversidade de experiências e de grande qualidade para oferecer, e esse tem de ser o caminho a explorar pelos operadores turísticos”, sustentou.

Para Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, é importante que os operadores estejam atentos à atualização da situação da pandemia no Reino Unido, a partir de fontes oficiais e fidedignas, alertando para a proliferação de notícias falsas e sensacionalistas. “As medidas adotadas a nível da higiene e segurança, as medidas de responsabilidade social em relação aos trabalhadores, a sustentabilidade ambiental e uma boa gestão dos meios de comunicação, são outras áreas chave a ter em conta na hora de captar a atenção deste mercado. Acredito que o mercado britânico irá ser dos que mais vai crescer na região no curto e médio prazo. A Champions League poderá ser o kick off para este objetivo”.

Cláudia Miguel recordou ainda que, para além da época do verão, há muitos britânicos que tiram férias nos períodos de interrupção das atividades letivas, sobretudo no chamado “half term” que decorre na última semana de outubro. Sobre as redes sociais, a responsável destacou ainda a grande relevância da rede Linkedin no Reino Unido, a terceira em número de utilizadores, só ultrapassada pelo Facebook e You Tube.