MCI Group já trabalha o mercado português e vê Lisboa e Algarve como destinos mais importantes
O grupo internacional MCI é uma das empresas que vai marcar presença na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), cuja 31ª edição decorrerá entre 13 e 17 de março. Com anos de experiência e sede em Genebra, Suíça, e representação ibérica em Madrid, a empresa define uma linha estratégica para a criação de reuniões, eventos ou congressos que se relacionem com a indústria do turismo, ao mesmo tempo que tenta criar experiências que “fiquem com as pessoas”. Ana Rita Vaz, diretora do projeto para Portugal, explica à Ambitur.pt que o grupo MCI, que conta com escritório em Lisboa, “já trabalha há muitos anos para ter presença nos 20 principais destinos europeus da International Congress and Convencion Association (ICCA)”.
O interesse por Portugal deve-se ao “crescimento de ano após ano” e para o grupo espanhol “é um passo lógico aumentar a oferta de serviços dentro do país” e, claro, “em Lisboa para atrair clientes novos e os que já existem”. A responsável confessa que o nosso país “já estava no nosso horizonte há algum tempo”. Com presença em mais de 30 países, explica que “os nossos clientes pediam-nos para trabalhar este destino. Conseguimos ver todo o potencial do país” e, “por isso, fazia sentido expandir a nossa forte presença global com a inclusão deste destino cada vez mais em voga”.
Em Portugal, Lisboa “assume a liderança no interesse dos nossos clientes”. “As boas ligações aéreas” e as “facilidades próprias” da capital são “muito atraentes” e isso verifica-se na “quantidade de eventos importantes que acontecem” na cidade. O Algarve também é um destino de “crescente interesse para os nossos clientes nos últimos anos”, afirma Ana Rita Vaz.
Com presença assídua na BTL para fins de networking ,”tanto com clientes como fornecedores”, o MCI Group tem como objetivo “reunir pessoas para construir comunidades e criar experiências”. A BTL é vista como uma “oportunidade para nos aproximarmos da comunidade” e “conseguir uma melhor compreensão do destino que passa para os nossos clientes”.
Sobre o tipo de cliente MCI e aquilo que mais procuram, a diretora refere que “todos derivam de um vasto espectro de áreas” mas “todos eles têm algo em comum: procuram a excelência em serviços, experiências tailor made e um budget eficiente/transparente”. Desde a macroestratégia de eventos e integração de sustentabilidade, até às preciosidades da logística, marketing e audiovisual, a MCI cria “experiências e eventos que ficam com as pessoas”, acrescenta. Focando-se numa “especialização profunda”, a MCI quer “construir um forte relacionamento com as empresas portuguesas”, através do trabalho já realizado com “empresas internacionais” com presença em Portugal assim como o “forte compromisso com a qualidade”, sublinha a responsável.
Já sobre as tendências internacionais da indústria MICE, Ana Rita Vaz considera que houve uma evolução: antes, a “tecnologia ou a própria viagem em si” definia a indústria; hoje em dia, “os clientes não querem apenas viajar” até porque, na grande maioria dos casos, “o próximo evento é apenas mais uma viagem”.
A diretora do projeto para Portugal acredita que o “nosso trabalho passa por responder a uma pergunta muito básica: “Porquê?”. As pessoas querem saber porquê esse evento? Porquê Portugal?”. É nesta perspetiva que o cliente tem “mais consciência do seu próprio propósito no mundo”: querem que “os seus eventos sejam relevantes, querem deixar a sua marca”, sublinha. O trabalho que deve ser feito “é garantir que o evento seja engaging, interessante” e, acima de tudo, “relevante para quem viaja”. Na verdade, o que todos os “nossos clientes procuram, é que, no final do evento, os participantes saiam motivados a agir para um desempenho ainda melhor no futuro”. A tecnologia, o bom serviço e o programa tailor made vão estar sempre presentes. No entanto, no ponto de vista da responsável, “se não se responder a essa pergunta básica: porquê?, o consumidor consciente de hoje não vai comprar”.