INE: Dormidas de residentes decresceram 2,4% em julho
Em julho de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e nove milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 1,5% e 2,1%, respetivamente (+6,8% e +5% em junho, pela mesma ordem).
Todavia, as dormidas de residentes totalizaram 2,7 milhões e decresceram 2,4% (+3,4% em junho), invertendo a trajetória de crescimento dos últimos dois meses. Os mercados externos registaram um abrandamento pelo segundo mês consecutivo (+4,2%; +5,6% em junho), alcançando 6,3 milhões de dormidas.
Mercado francês registou o único decréscimo entre os principais 10 mercados emissores
Os 10 principais mercados emissores, em julho, representaram 75,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (18,3% do total das dormidas de não residentes em julho) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em julho (12% do total), cresceram 6,1%. Seguiu-se o mercado alemão, na 3.ª posição (quota de 9,0%), com um aumento 3,1%. Os EUA assumiram-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 8,5%), com um aumento de 4,7%. O mercado francês (quota de 7,4%) foi o único a registar um decréscimo (-4%) entre os 10 principais mercados neste mês, ocupando a 5.ª posição.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em julho, os mercados que mais cresceram foram os Países Baixos (+12,5%), a Bélgica (+8,3%) e a Itália (8,1%). Destaque ainda para as dormidas do mercado brasileiro (peso de 3,9%), que registaram o primeiro acréscimo no ano, ainda que modesto (+0,8%).
Dormidas cresceram em todas as regiões, com exceção do Oeste e Vale do Tejo
Em julho, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção do Oeste e Vale do Tejo (-0,4%). Os aumentos mais expressivos observaram-se na RA Açores(+5,3%), no Norte (+4,9%) e na Península de Setúbal (+4,5%), sendo mais modestos na RA Madeira (+0,3%), no Algarve (+0,7%) e no Centro (+0,8%).
As dormidas de residentes aumentaram apenas na Grande Lisboa (+2,7%) e na Península de Setúbal (+1,8%), tendo decrescido nas restantes regiões, destacando-se a RA Madeira (-8,1%) com o maior decréscimo, seguida do Oeste e Vale do Tejo (-5,8%) e do Algarve (-4,2%).
As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Norte (+9,6%), na RA Açores (+7,6%) e na Península de Setúbal (+7,1%).
Estada média de não residentes decresceu
Em julho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,81 noites) aumentou 0,6% (-1,7% em junho). Este indicador apenas registou decréscimos na Península de Setúbal (-1,3%) e no Centro (-0,8%), tendo-se verificado os maiores crescimentos no Oeste e Vale do Tejo (+3,2%) e no Algarve (+2,3%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,88 noites) e no Algarve (4,34 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,92 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,04 noites) e no Norte (2,06 noites).
Em julho, a estada média dos residentes (2,31 noites) aumentou 1,1% e a dos não residentes (3,10 noites) decresceu 0,4%.
A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a RA Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (3,75 noites) quer dos não residentes (5,16 noites). Para além da RA Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (3,98 noites dos residentes e 4,49 noites dos não residentes) e na RA Açores (2,77 noites e 3,36 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.
Taxas líquidas de ocupação diminuíram ligeiramente
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,1%) diminuiu em julho (-0,4 p.p., após +0,9 p.p. em junho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (66,5%), que registou uma diminuição idêntica, -0,4 p.p. (+1 p.p. em junho).
Em julho, as taxas de ocupação-cama aumentaram na Península de Setúbal (+2,6 p.p.), no Algarve (+0,8 p.p.) e na Grande Lisboa (+0,1 p.p.). Nas restantes regiões registaram-se decréscimos, sendo de maior magnitude no Alentejo e no Centro (-1,6 p.p. em ambos),seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-1,5 p.p.). As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (72,3%), seguida do Algarve (68,5%) e da RA Açores (65,2%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (38,6%), no Oeste e Vale do Tejo (42,6%) e no Alentejo (44,4%).