Hotéis Heritage Lisboa: “O desafio para a hotelaria continua ser crescer em preço”
Diogo Laranjo, diretor-geral dos Hotéis Heritage Lisboa, efetuou a ambitur.pt um balanço das operações das suas unidades em 2023. Para o ano em curso, o responsável refere que os indicadores existentes permitem perspetivar uma procura idêntica ao ano passado, mas uma elevação do preço médio, se houver “um trabalho conjunto”.
“os dados que temos à data é que este ano será semelhante a 2023. Temos que ter em atenção que a realidade hoteleira confronta-se com um aumento de custos elevadíssimo e que nos obriga a fazer este aumento de preço. Há uma previsão que podemos aumentar preço este ano, a partir de março”
Para o entrevistado, 2023 foi um ano de crescimento, tanto em ocupação como em preço, sendo que “neste último tópico é algo que tentávamos há muitos anos e que conseguimos nos últimos três”. Sendo assim, os Hotéis Heritage Lisboa assistem a um crescimento sustentado, ressalvando que Lisboa tem permitido que isso aconteça. Para 2024, o grupo espera a mesma trajetória pois “os dados que temos à data é que este ano será semelhante a 2023. Temos que ter em atenção que a realidade hoteleira confronta-se com um aumento de custos elevadíssimo e que nos obriga a fazer este aumento de preço. Há uma previsão que podemos aumentar preço este ano, a partir de março”.
Em termos de produto hoteleiro, Diogo Laranjo indica que nos Hotéis Heritage a perspetiva é sempre manter o produto atualizado, através de remodelações e «redecorações». “Estamos neste momento a terminar intervenções na unidade Janelas Verdes; o ano passado concluímos a remodelação total do Heritage Avenida da Liberdade; no Solar do Castelo também temos remodelações em curso, no Plaza e Britania igualmente. Todos os anos efetuamos obras de manutenção e remodelação, não sendo totais, são parciais”, indica o responsável.
“Lisboa é um destino que está consolidado e devemos todos aproveitar essa situação para valorizar o preço, uma oportunidade que houve no passado e que não aconteceu. Este tem de ser um trabalho conjunto”
Quanto ao desafio para a hotelaria este ano, o diretor-geral adianta que continua a ser crescer em preço, justificando que “Lisboa é um destino que está consolidado e devemos todos aproveitar essa situação para valorizar o preço, uma oportunidade que houve no passado e que não aconteceu. Este tem de ser um trabalho conjunto”.
As declarações recolhidas na FITUR, feira de turismo de Madrid, levam à abordagem do mercado espanhol, considerando o interlocutor que este “já teve uma oportunidade maior do que a que tem. Tentamos sempre uma diversificação maior de mercados, a chegada das cadeias espanholas a Lisboa trouxe outras realidades, mas é um mercado importante geograficamente, temos épocas do ano em que se nota que o mercado espanhol tem um impacto grande, na «semana Santa», por exemplo”.
Por Pedro Chenrim, na Fitur, em Madrid.