ForwardKeys: As principais tendências e rankings de destinos este verão
A ForwardKeys identificou seis grandes tendências nas viagens aéreas globais este verão através de uma análise dos principais destinos e mercados de origem comparativamente aos níveis do ano passado e pré-pandemia em 2019. Assim, as principais tendências são:
- Domínio dos EUA
- Recuperação pós-pandemia desigual
- Aceleração do Extremo Oriente
- Resiliência dos destinos de praia clássicos
- Onda de calor
Globalmente, as reservas de voos de verão (1 julho – 31 agosto) ficaram 23% abaixo dos níveis pré-pandémicos (2019) e 31% acima do ano passado.
No ranking dos países mais visitados por reservas de voos programados, os EUA estão no topo da lista atraindo 11% de todos os visitantes internacionais este verão. Seguem-se Espanha, Reino Unido, Itália, Japão, França, México, Alemanha, Canadá e Turquia.
Os EUA dominaram com uma margem ainda maior nas viagens internacionais. No ranking dos mercados emissores, os EUA encabeça com uma quota de 18% das reservas de voos programados. É seguido da Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Coreia do Sul, China, Japão, Espanha e Itália.
Para a maioria dos países, o turismo estava a recuperar a dois dígitos no ano passado, mas os volumes ainda não atingiram os níveis pré-pandemia. Um olhar mais próximo aos maiores mercados turísticos internacionais tradicionais revela uma natureza desigual de recuperação. Os EUA, a subir 17% no ano passado, ficou 1% abaixo dos volumes de 2019. Contudo, outros mercados emissores tradicionalmente importantes ficaram mais distantes, como a Alemanha, 21% abaixo dos níveis pré-pandémicos; o Reino Unido 20% abaixo; França 17% abaixo; Coreia do Sul, 28% abaixo; China, 67% abaixo; Japão, 53% abaixo e Itália, 24% abaixo.
O Extremo Oriente a recuperar
As diferenças entre os volumes de viagens também são impressionantes quando comparadas com o ano passado, o que revela que o Extremo Oriente ainda estava muito fechado mas está agora a retomar, com os três países asiáticos no TOP 10 dos mercados emissores, nomeadamente, a Coreia do Sul, China e Japão, a mostrarem pelo menos um ritmo de crescimento de três dígitos face a 2022. Embora o mercado turístico internacional chinês tenha estado entre o mais lento do mundo a recuperar, consegue mesmo assim situar-se no 7º lugar graças à sua dimensão.
Os destinos de praia clássicos são mais resilientes
Olhando para os destinos que se saíram melhor face aos níveis de 2019, a lista é dominada por países populares pelas suas praias e águas mornas. Os que se encontram no TOP 10 superaram todos o verão de 2019 e a maioria revelou um forte crescimento face ao ano passado. No topo da lista estão Costa Rica (+19% face a 2019 e +15% face a 2022), República Dominicana, Columbia, Jamaica, Puerto Rico, Argentina, Grécia, Tanzânia, Bahamas e México. Ao longo da pandemia, os destinos de praia e de lazer demonstraram ser os mais resilientes, com muitos a serem economias altamente dependentes do turismo como as Caraíbas e o Golfo do México e a esforçarem-se para manter as fronteiras abertas e os turistas e viajar; e os seus esforços deram resultado. O mesmo é verdade para a Grécia, Portugal e Emirados Árabes Unidos.
Impacto limitado da onda de calor
Embora as temperaturas invulgarmente elevadas e os incêndios na Grécia e em Portugal tenham tido um impacto substancial nos ecrãs de televisão, tiveram apenas um impacto limitado no turismo já que a maioria dos turistas já tinha reservado. Uma vaga de cancelamentos afetou Rodes mas as reservas de voos recuperaram para níveis normais algumas semanas depois. Enquanto que as reservas para o norte da Europa e a região nórdica ficaram 16% e 17% atrás de 2019, registaram um desempenho melhor no mercado das reservas de última hora, provavelmente influenciadas pela onda de calor.
Olivier Ponti, da ForwardKeys, explica: “Ao longo da pandemia os viajantes norte-americanos foram uma tábua de salvação para muitos destinos caribenhos. À medida que outras partes do mundo relaxaram as suas restrições de entrada, os americanos foram aparecendo. Este verão, foram extremamente úteus para muitos destinos europeus. Agora, a outra grande potência turística mundial, a China, está a começar a reanimar. Olhando para o 4ª trimestre e para 2024, estou cada vez mais otimista. Neste momento, as reservas de voos globais dos últimos três meses do ano estavam apenas 4% atrás de 2019 e para os primeiros três meses de 2024 estão 3% acima. A região mundial que revela uma maior promessa no 4º trimestre é o Médio Oriente, para onde as reservas de voos estão 37% acima de 2019. Segue-se a América Central, 33% acima, e as Caraíbas, 24% acima”.