Estratégia Turismo 2035 será apresentada em fevereiro do próximo ano

A confirmação foi dada por Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, durante um encontro com os jornalistas do trade, nesta quarta-feira de manhã, em Lisboa. Durante o mês de janeiro sairá a primeira versão da estratégia, seguindo-se no mês seguinte a sua aprovação e respetiva apresentação.

Até ao momento, o Turismo de Portugal já realizou sete conferências regionais para definir linhas mais concretas da Estratégia Turismo 2035, um ciclo que terminou esta segunda-feira em Faro. Agora seguir-se-á um leque de reuniões temáticas, focadas em temas como Comunidades, Lideranças, Mobilidade, Ambiente e Sustentabilidade, Mercados, Tecnologia e IA, e Emprego e Formação. Nestes encontros estarão presentes entidades/associações respetivas a cada atividade do setor.

Mais valor acrescentado em 10 anos

Até ao ano de 2035, o Turismo de Portugal está a planear uma estratégia que promova o “crescimento do ponto de vista do valor acrescentado”, que passará obviamente pelo crescimento das receitas turísticas (que fecharão 2024 em cerca de 27,5 mil milhões de euros) e das dormidas (mais de 80 milhões até ao fim deste ano), mas também por uma maior eficiência, ou seja, “maiores resultados por unidade de recurso utilizada”.

Ainda sem valores objetivados para o prazo de 10 anos, Carlos Abade garante alguns pontos em foco na nova estratégia: a formação e maior valorização dos recursos humanos, as oportunidades de crescimento potenciadas pela inteligência artificial, o aumento do rácio de produtividade, a melhor gestão dos recursos, a criação e fixação de produtos turísticos (desporto, cultura, entre outros) e ainda a manutenção e ascensão de mercados.

“É preciso mais eficácia na definição de objetivos”, vendo a “capacidade do turismo em entregar valor à economia e às pessoas”. Daí, a estratégia para 2035 seja a “visão de sucesso do turismo” em Portugal.

Além do impacto na economia do país, o presidente do Turismo de Portugal acredita que a nova estratégia focará também no reforço da relação entre turismo e os residentes: “não há turismo a mais, há ineficiência na gestão (das cidades)”, frisou, acrescentando o potencial da mobilidade para a resolução de alguns problemas.

Ainda sobre desafios, Carlos Abade não descarta que a Estratégia Turismo 2035, por ser de um horizonte alargado de 10 anos, possa ter os seus objetivos adaptados ao longo do tempo. Contundo, “não altera a visão” da mesma.

Por Diana Fonseca