easyJet fica com 18 slots da TAP

A Comissão Europeia atribuiu 18 novos slots no aeroporto de Lisboa, anteriormente propriedade da TAP, à easyJet que afirma, em comunicado, tornar-se assim “a companhia aérea número 2” nesta infraestrutura aeroportuária.

Esta decisão significa que a easyJet poderá oferecer uma escolha mais vasta de destinos e tarifas acessíveis para as pessoas que viajam de e para a capital portuguesa. Além disso, frisa a low cost, confirma o papel fundamental da companhia aérea no mercado português que criará mais oportunidades de emprego local. A capacidade adicional permitida pelas slots será implementada a partir do final do mês de outubro, com o início da temporada de inverno (30 de outubro de 2022).

A easyJet começou a operar para Portugal em 1998 e abriu a sua base em Lisboa em 2012, onde emprega mais de 500 pessoas ao abrigo de contratos locais. A companhia aérea voa atualmente para e de cinco aeroportos em Portugal, ia saber: Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo. Nos últimos 24 anos, a easyJet transportou cerca de 70 milhões de passageiros de e para Portugal, abriu 3 bases e tem 16 aviões baseadas localmente, aos quais acrescem mais 16 a operarem a partir de outras bases. Até agora, em comparação com os níveis pré-pandémicos, a easyJet cresceu +13,1% em Portugal: +14% em Lisboa, +50% no Porto, e +63% no Funchal e a companhia aérea abriu a sua última base portuguesa em Faro em 2021.

José Lopes, diretor geral da easyJet Portugal, afirma: “Estamos realmente satisfeitos com a decisão da Comissão Europeia de atribuir 18 slots no aeroporto de Lisboa à easyJet, o que nos permite continuar a crescer significativamente num dos nossos mercados mais importantes. Nos últimos dois anos, Portugal provou desempenhar um papel crucial no apoio à nossa estratégia; além de ser um dos destinos preferidos dos nossos clientes em toda a nossa rede. Estamos também entusiasmados por nos tornarmos a companhia aérea número 2 de Lisboa, o que é uma prova da lealdade dos nossos clientes portugueses ao longo dos anos. Com cerca de 70 milhões de passageiros transportados de e para Portugal nos últimos 26 anos, estamos orgulhosos do nosso contributo para a democratização do transporte aéreo em Portugal, permitindo que cada vez mais portugueses viajem convenientemente e sem problemas por toda a Europa. Isto não teria sido possível sem o apoio da nossa equipa, que representa um fator-chave para o nosso sucesso.”

easyJet reduz capacidade de voo para este verão por falta de trabalhadores

Entretanto, a easyJet anunciou hoje uma redução da sua capacidade de transporte este verão devido à grande escassez de funcionários no setor da aviação e para a evitar o caos que se tem verificado nas últimas semanas nos aeroportos. “Haverá um custo do impacto” destas medidas, alerta a companhia aérea de baixo custo britânica em comunicado, sem avançar mais detalhes, mas acrescentando que as perspetivas a médio prazo continuam “atrativas”.

A easyJet destaca que as reservas continuam “fortes”, estando as do quarto trimestre do exercício (que termina em 30 de setembro) já no nível pré-pandémico de 2019.

As perspetivas da transportadora britânica para o terceiro trimestre, que termina em 30 de junho, apontam agora para uma capacidade de transporte de 87% face aos níveis do exercício de 2019, contra os 90% previstos até agora.

Tal representa um total de 140.000 voos, 22 milhões de passageiros e 550% da capacidade face ao mesmo período do exercício de 2021, quando as restrições ligadas à pandemia ainda paralisavam a maior parte do tráfego aéreo.

Já no quarto trimestre, de julho a setembro, a capacidade de transporte deverá ficar em torno de 90% do nível do exercício de 2019, contra os 97% até agora previstos.

No comunicado, a easyJet explica que, devido à retoma “sem precedentes” do tráfego aéreo no primeiro semestre de 2022, após o levantamento das restrições sanitárias, “a aviação na Europa enfrenta dificuldades operacionais” que incluem “atrasos no controlo do tráfego e falta de pessoal” nos aeroportos, o que tem levado a sucessivos atrasos e a cancelamentos de voos.

“Um mercado de trabalho muito pressionado em todo o setor, incluindo a tripulação de cabine, e o tempo cada vez maior para verificar as identidades” dos candidatos a empregos na aviação estão a dificultar os esforços para acelerar a oferta, acrescenta. “Isto reflete-se nos limites de voos anunciados recentemente em dois dos nossos maiores aeroportos, Gatwick, em Londres, e Amesterdão”, sublinha.

O aeroporto de Gatwick anunciou na sexta-feira que estava a limitar o número de voos diários em julho e agosto para evitar uma repetição do caos registado nos aeroportos nas últimas semanas.

A Easyjet acredita que poderá transportar a maior parte dos passageiros afetados pelos cancelamentos em voos alternativos, “muitos no mesmo dia da reserva original”, e promete avisar os clientes com antecedência.