Convento dos Capuchos convida a visitas noturnas com figuração
Nos próximos dias 14 e 15 de abril, regressa ao Convento dos Capuchos, em Sintra, a experiência “O Convento dos Capuchos Vivo”, uma viagem no tempo, em ambiente crepuscular e noturno, durante a qual os frades que habitaram este convento ao longo de quase 300 anos parecem regressar à vida.
Acompanhados por um guia, os participantes são convidados a descobrir os espaços do convento e as suas vivências de uma forma original. Ao longo do percurso, oferecendo um vislumbre para o passado, figurantes proporcionam uma espécie de plano paralelo em que os frades, alheios à presença dos visitantes, oram e trabalham. Os participantes assistem, assim, a cenas do quotidiano que são recriadas como se fossem memórias que ficaram no lugar.
Durante estas visitas, os participantes terão também oportunidade de conhecer a mais recente novidade do percurso expositivo do Convento dos Capuchos. São duas esculturas em terracota, do século XVIII, representando frades, que regressam ao seu local original, a Portaria do Convento, ao fim de cerca de 40 anos. Dali retiradas na década de 80 do século passado, foram, agora, repostas pela Parques de Sintra, após trabalhos de conservação e restauro que revelaram que a figura maior representa São Francisco de Assis, pois exibe uma chaga no local do coração.
O retorno destas peças contribui para uma melhor interpretação do convento, em particular da “porta da morte”, que traduz a morte simbólica para a vida mundana e o renascimento para uma vida nova, dedicada à via espiritual, no interior do convento. Daí que a primeira escultura se encontre enterrada até ao peito e a segunda esteja já num plano etéreo de ascensão a um plano transcendente.
No fim do percurso, um chá reconfortante é o mote para breves momentos de convívio.
Estas visitas integram a programação especial que a Parques de Sintra preparou para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. São limitadas a 15 participantes por sessão e têm a duração de 1h30m, estando disponíveis 6 horários, entre as 18h00 e as 21h00. O preço dos bilhetes varia entre 24 €, para adultos (18-64 anos) e séniores (+ 65 anos), e 10€, para jovens entre os 6 e os 17 anos. A visita é gratuita para crianças com idade inferior a 6 anos.
Visitas guiadas temáticas nos Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
A 18 de abril, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que este ano é subordinado ao tema “Património e Mudança”, os Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz comemoram a data com visitas guiadas temáticas conduzidas por conservadores destes monumentos nacionais.
De manhã, às 10h30, no Palácio Nacional de Queluz, realiza-se a visita “Pavilhão D. Maria I: Residência de Reis, Rainhas e Presidentes do século XX”. Durante cerca de uma hora, e para um grupo restrito de 10 participantes, Conceição Coelho, conservadora do Palácio, desvenda os segredos de uma ala muito especial do Palácio que guarda as memórias das personalidades notáveis que ali ficaram alojadas entre 1940 e 2004. O espaço acolheu convidados ilustres da República Portuguesa, como a Rainha Isabel II do Reino Unido; o Generalíssimo Franco de Espanha; o Presidente do Brasil José Sarney; o General Eisenhower dos EUA; o Rei Juan Carlos de Espanha; os Imperadores do Japão, entre tantos outros, que marcaram a história do século XX.
Para as 15h00, está agendada a visita “O Tempo e o(s) Paço(s)”, no Palácio Nacional de Sintra, que será conduzida pelo conservador Cláudio Marques. Começando pelas escavações arqueológicas da Sala das Colunas, onde se encontram os vestígios mais antigos do Paço de Sintra, e pelos Jardins Altos, onde ainda é possível observar os limites da construção primitiva, este percurso, de aproximadamente duas horas, revela como a junção de várias “casas” e paços de diferentes épocas deu origem ao que hoje é conhecido como o Paço de Sintra.
Para estas visitas, os bilhetes custam 10€ para adultos e 8,5€ para jovens e séniores, incluindo o acesso ao monumento e aos respetivos jardins.
*Foto de José Marques Silva