“Consideramos uma grande vitória mantermos os voos de São Paulo e Rio de Janeiro para o Porto”

A TAP sorri com a rentabilidade da sua operação para o Brasil este ano, mas mais do que isso já prepara o próximo Verão IATA onde destaca um aumento de 11 frequências semanais, para os vários destinos já operados. Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, em conferência de imprensa, à margem da FESTURIS – Festival Internacional de Gramado, com a imprensa turística nacional, fez um ponto da situação da estratégia comercial da empresa para o país, destacando: “temos um aumento de capacidade de 14% para o Brasil no próximo Verão IATA”.

“temos um aumento de capacidade de 14% para o Brasil no próximo Verão IATA”

O Brasil contou, no verão IATA que finalizou, com 80 frequências semanais da TAP para 11 cidades, para o próximo verão serão 91 frequências, o que equivale a 24.580 lugares, sendo o maior crescimento de frequências intercontinentais que a TAP verificará no próximo ano. Destaca ainda Carlos Antunes que “consideramos uma grande vitória mantermos os três voos de São Paulo e os dois do Rio de Janeiro para o Porto no Inverno IATA”.

Sendo assim, para o Brasil, no próximo Verão IATA, a TAP contará com cinco frequências semanais para Belém (acréscimo de uma, face a 2023). Indica Carlos Antunes que “este é um destino que além de sustentar as operações está a registar resultados muito expressivos. Tendo em conta a proximidade geográfica operamos num avião menor de 168 passageiros, com custos de operação baixos”. Para Belo Horizonte a companhia aérea mantém as sete operações semanais, considerando o diretor da TAP que este “é um destino muito importante, pois somos os únicos a voar da Europa”. Relativamente a Brasília, a TAP vai passar de seis para sete frequências semanais, “se em termos de flexibilidade não é muito importante para o cliente, para nós é, de forma a completar uma plataforma para continuarmos o crescimento”, acrescenta o responsável. Para Fortaleza manter-se-á o voo diário, com reforços pontuais de capacidade como os previstos para dezembro/ janeiro/ fevereiro próximos, com três voos por semana, destacando Carlos Antunes que este “é um destino que está a captar um turista bastante qualificado”. Nas ligações Natal/ Maceió, a TAP manterá as seis frequências semanais para Natal, sendo que três das suas ligações fazem rotação em Maceió.

“temos uma grande capacidade de vendas de passagens através da internet, como todas as companhia aéreas, mas a venda de maior valor agregado é através dos agentes de viagens”

Refere o responsável da TAP que “temos uma grande capacidade de vendas de passagens através da internet, como todas as companhia aéreas, mas a venda de maior valor agregado é através dos agentes de viagens. A nossa presença na Festuris com uma equipa alargada tem isso como objetivo, um push para nos venderem”.

Portugal é o principal destino dos passageiros do Brasil, assim foi o ano passado e demonstram os indicadores deste ano

Salienta ainda Carlos Antunes que Portugal é o principal destino dos passageiros do Brasil, assim foi o ano passado e demonstram os indicadores deste ano, depois segue-se Espanha, França e Itália. “Os passageiros do Brasil são aqueles que mais optam pelo programa StopOver. Os últimos dados, até setembro, mostram que o Brasil representa 47% do programa, com 112 mil passageiros com vários dias passados em Portugal, numa média de três”, acrescenta o responsável.

“o trade entrega o produto que o consumidor quer, na medida em que houver mais investimento das autoridades na promoção turística passa a haver procura e o trade turístico português entrega-o”

Relativamente ao trade turístico português, Carlos Antunes considera que “o trade entrega o produto que o consumidor quer, na medida em que houver mais investimento das autoridades na promoção turística passa a haver procura e o trade turístico português entrega-o”. Por outro lado, “face ao cliente o que este deve fazer é aconselhar e entregar um produto turístico que não dê problemas. Trabalhamos muito próximos, em Portugal e em outros mercados europeus, com o trade turístico para que tenham toda a informação e a possibilidade de remarcar, acrescentar passageiros ou serviços, reembolsos, esse é o produto que queremos que o agente de viagens entregue, em linha com o que o cliente está a pagar e quer. “Este compra com o agente de viagens porque há um valor agregado fornecido pelo agente de viagens: segurança e conhecimento”.

“TAP Abraça o Rio Grande do Sul”

No âmbito da presença da TAP Air Portugal na Festuris Gramado – Festival Internacional de Turismo, a companhia aérea destacou os dados sobre a ligação aérea de Porto Alegre que serve o estado do Rio Grande do Sul.

“somos o grande canal de comunicação do Rio Grande do Sul para toda a Europa, com conexão rápida em Lisboa, e com o programa StopOver que promovemos sempre na ida ou volta”

Até final de outubro, a TAP transportou 65 mil passageiros na rota, 65/70% com origem no Brasil. Destaca Carlos Antunes que “somos o grande canal de comunicação do Rio Grande do Sul para toda a Europa, com conexão rápida em Lisboa, e com o programa StopOver que promovemos sempre na ida ou volta”. Destaca ainda o responsável que “esta é uma região muito industrializada, com muito corporativo, muitas empresas de calçado, madeira, vitivinícolas, entre outros, além do tráfego étnico e de congressos com incidência em Itália”. Em 2023 a companhia aérea cresceu 51% em volume de passageiros transportados nesta ligação. “No fim de março reativámos a rota com três frequências, no pós-pandemia. Esta é uma rota que estava a pedir a quarta frequência, o que acontecerá no próximo verão permitindo a entrega de uma flexibilidade maior ao cliente, de modo a poder viajar na data que quer, assim como na otimização dos nossos recursos, como no caso das tripulações, que para nós é um recurso escasso”, acrescenta. Salienta ainda o diretor da TAP que “Porto Alegre é a nossa rota mais longa do Brasil, a segunda mais comprida, só perde para São Francisco, então temos uma alocação de custo maior, o que nos leva a ter uma atenção maior, mas é uma rota rentável”.

Por Pedro Chenrim, em Gramado, a convite da TAP.

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