Aumento das taxas aeroportuárias da ANA levam Ryanair a reduzir operação em Portugal
A Ryanair parece não estar nada satisfeita com o aumento das taxas aeroportuárias em 17%, decidido pela ANA, e anunciou que irá reduzir um avião na sua base na Madeira e ainda diminuir o tráfego no Porto e em Faro para o verão do próximo ano.
A companhia aérea diz que os aumentos das taxas são “excessivos” e que “irão prejudicar o turismo e os empregos em Portugal, especialmente nas economias insulares da Madeira e dos Açores”, é o que se pode ler no comunicado oficial.
Este prejuízo já foi evidenciado pelo encerramento da base da Ryanair em Ponta Delgada para o inverno de 2023/24 e será ainda mais demonstrado pelos cortes acima mencionados, sendo o primeiro feito já em janeiro.
“O monopólio do aeroporto da ANA não enfrenta concorrência em Portugal, o que lhe permite aumentar os preços sem consequências”, acusa a lowcost, “em Lisboa, sozinha, a taxa de passageiros aumentou +50% desde 2019, apesar da maioria dos aeroportos europeus reduzir as taxas pós-Covid. O governo português deve garantir que os seus aeroportos, uma parte vital da infraestrutura nacional, sejam utilizados para beneficiar os cidadãos e a economia de Portugal, em vez de beneficiar um operador de monopólio de aeroporto de propriedade francesa”.
Neste sentido, a Ryanair apelou ao governo para reabrir a concessão para o novo aeroporto do Montijo, de forma a “quebrar o monopólio do aeroporto da ANA” e “impedindo que o seu proprietário francês, a VINCI, extraia mais lucros monopolistas das companhias aéreas e dos seus passageiros às custas dos cidadãos, do turismo e dos empregos portugueses”.