Conhecer a Argentina, ou pelo menos uma parte deste que é o segundo maior país da América do Sul, foi a proposta irrecusável da Lusanova, em parceria com a Air Europa, entre 12 e 20 de maio. A Ambitur rumou a este destino com um grupo de agentes de viagens partilhando do mesmo objetivo comum: explorar o país pela primeira vez e aproveitar ao máximo a imensidão de possibilidades que ele nos traz.
O nosso último destino no norte da Argentina é Cachi e para lá chegarmos atravessamos a Rota 40 que, na verdade, é a estrada mais longa deste país, com 5200 quilómetros de extensão, por parques nacionais, lagos e montanhas. É também, diz-nos Diego, o nosso guia, uma das mais emblemáticas e cénicas, permitindo-nos chegar do norte ao sul.
Ao longo deste percurso pela Cordilheira Oriental, que poderá demorar cerca de quatro horas, voltamos a deparar-nos com a Floresta das Yungas, com mudanças de paisagem bem demarcadas. As estradas são sinuosas e estreitas ao longo da Quebrada de Escoipe, onde o vento é uma presença constante e firme, mas as paisagens deslumbram com as misturas de vermelho e verde, e os olhos mais atentos poderão conseguir avistar, aqui e ali, um ou outro condor, que fazem ninho em algumas das formações rochosas que nos acompanham.
Em apenas 20 quilómetros de viagem, subimos 1400 metros de altitude. E isso sente-se quando paramos nos miradouros para tirar algumas fotos e, a tentar fugir do vento forte que se faz sentir, corremos de volta para o minibus.
Depois de muito subirmos chegamos ao Parque Nacional Los Cardones, onde nos espera um cenário inesperado e árido numa zona protegida da Argentina, a apenas 40 Km de Cachi. O parque tem mais de 64 mil hectares e situa-se a uma altitude de 3500 metros. E aqui encontramos o motivo pelo qual este parque se chama Los Cardones, um mar de catos altos e estreitos muito própria desta região. São mais de 40 espécies de catos, que crescem entre um a cinco centímetros por ano e, quando cumprem meio século de vida, podem gerar umas flores brancas típicas que morrem poucos dias depois. Existem aqui catos com 250 a 300 anos de antiguidade que guardam os caminhos e vestígios de um passado do Império Inca e do Vale Encantado. O guia garante-nos que a Argentina é o segundo país com mais catos a nível mundial.
Tempo ainda para atravessarmos a famosa Reta de Tin Tin, uma estrada que, como o próprio nome indica, é reta e se estende por 19 km, tendo sido construída pelos incas, e que corta este parque.
Ao longe, podemos ver neve na Cordilheira dos Andes, mais concretamente no nevado de Cachi, uma montanha com 6380 metros de altitude, sendo a mais alta dos Valles Calchaquíes.
Chegamos finalmente a Cachi e somos transportados para o passado, de volta ao século XVIII. Por aqui somos convidados a caminhar pelas ruas de pedra, contemplando as casas de estilo colonial, explorando a praça central e a sua igreja antiga, Igreja San José de Cachi, que começou a ser construída no século XVI e foi declarada Monumento Histórico Nacional. Os edifícios ainda preservam a arquitetura e cores originais. E aqui voltamos a encontrar uma Plaza 9 de Julio, rodeada de bares e restaurantes. É também aqui que podemos visitar o Museu Arqueológico de Cachi.
Uma viagem na qual somos sempre acompanhados pela cor de terra das montanhas e que é o ponto final perfeito nesta descoberta do norte da Argentina, também conhecido como Noroeste Argentino ou NOA, uma região de paisagens que nos enchem os olhos a cada quilómetro e que nos faz conhecer outras culturas e tradições, abrindo-nos o apetite para, numa outra oportunidade, irmos do norte ao sul pela famosa Estrada 40.
Por Inês Gromicho, a convite da Lusanova e da Air Europa.






















































