Airmet (III): “Eu acredito que há pessoas insubstituíveis, mas as funções não o são”

Luís Henriques abraçou, no início da pandemia, a liderança do grupo de agências de viagens Airmet. Em 2020, este agrupamento de viagens contava com 263 balcões e dificuldades em desenvolver-se. Passados três anos e meio, muito mudou. Entre fracassos e conquistas, a rede quase que duplica o número de balcões das agências associados, ameaçando a liderança no mercado e apresentando uma taxa de saída da rede de apenas 5%. O gestor aproveitou o recente evento que a Airmet promoveu com o grupo turístico W2M, Airmet Summit, que decorreu na República Dominicana, para contar um pouco da sua história, que se fechará a 31 de dezembro.

“Como é que nós nos vemos? Temos uma equipa unida, temos uma rede muito mais comprometida, crítica, mais atenta, exigente e isso foi uma conquista”. É assim que o gestor encara o trabalho feito no grupo ao dia de hoje. Isso deixa Luís Henriques confiante para o futuro pois, “quanto mais exigentes vocês forem, quanto mais críticos vocês forem, mais conseguiremos evoluir”. Recorda o responsável que a Airmet tem uma estratégia que não se desviou, mas que foi corrigida em 2023 e 2024 e “esta é clara com o mercado”. Enfatiza mesmo: “Não deixa margem para dúvidas, esta forma de lidar com clareza e servir de ponte entre o fornecedor e a própria agência demonstra missão e dedicação relativamente às vendas”.

Neste momento, o agrupamento conta com 494 balcões face aos 263 de 2020, considerando o gestor que um dos dados estatísticos mais importantes relativamente aos associados é o nível da sua fidelização, onde se verifica que, em 2020, 15% das agências saíram da rede “e isso não está certo”. E este ano, até à data, esse valor representa 5%, entre saídas ou encerramentos. “Com estes números acreditamos que conseguimos aumentar o nível de satisfação dos nossos clientes, conseguimos fazer com que as agências olhem cada vez mais para nós de forma a que todos juntos desempenhamos um melhor papel. Trabalhando em conjunto somos um grupo de gestão cada vez mais forte”, conclui Luís Henriques.

Relativamente ao que se prepara para o futuro, considera o responsável que a estratégia está muito bem definida. Para 2025, a contratação continuará muito semelhante ao que foi para este ano, defendendo que esta realidade dá alguma estabilidade, segurança e a esperança de melhorar a contratação com alguns operadores específicos.

Finalizando este terceiro capítulo (Ver Airmet I e Airmet II) e relativamente à sua saída como diretor do grupo, responde Luís Henriques que “eu acredito que há pessoas insubstituíveis, mas as funções não o são, virá alguém para a Airmet com melhores capacidades em muitas áreas, que será com certeza suficiente para levar este trabalho a bom porto”.

Por Pedro Chenrim, no 1º Airmet Summit, na República Dominicana

 

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