AHP: Taxa de ocupação do verão 2024 poderá andar perto dos resultados do ano passado
A AHP (Associação da Hotelaria de Portugal) anunciou a perspetiva para a operação hoteleira durante o período de verão, que compreende os meses de junho, julho, agosto e setembro.
Num inquérito realizado de 20 a 31 de maio aos seus associados (total de 378 empreendimentos), verificou-se para o mês de junho que 70% dos inquiridos aponta uma taxa de reserva on the books entre os 50 a 89%.
No caso da Grande Lisboa, mais de metade dos inquiridos diz ter reservas acima de 70% para junho, enquanto no Algarve a expectativa para já está abaixo da previsão nacional (50% a 69% de reservas). O mesmo acontece com o Alentejo, Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo, e Setúbal.
Para julho, a média de reservas nacional está entre os 20 a 69%, sendo que nos Açores quase todos os inquiridos contam com mais de 70% de reservas on the books. O Alentejo, até ao momento, fica com uma expectativa abaixo da nacional (0 a 19%), estando no polo contrário a Madeira e os Açores, que contam com reservas entre os 70 a 89%.
Já no mês de agosto, a média de reservas nacional está entre 20 a 49%, podendo vir-se ainda a verificar o fenómeno last minute para este período. A melhor performance parece ser dos Açores e da Madeira, novamente, com reservas entre 70 a 89% e revela-se uma preocupação com o Algarve, onde “as coisas ainda não estão sustentadas”, palavras de Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.
Por fim, em setembro, a média de reservas nacional é semelhante à do mês de agosto, sendo que mais de metade dos inquiridos dos Açores já têm taxas de reserva superiores a 70%, tal como na Madeira.
Em relação à taxa de ocupação 45% dos associados inquiridos espera que seja melhor e 41% espera que seja igual a 2023.
No preço médio, 72% espera que seja melhor e 13% espera que seja pior ou muito pior face ao ano anterior.
No que diz respeito à estada média, 60% dos inquiridos tem a expectativa que seja igual a 2023, mesmo com 33% a achar que poderá ser ainda melhor.
Os proveitos (totais e de aposento) também se esperam melhores para mais de metade dos inquiridos (64%), ficando a segunda fatia, na média dos 20%, para os que esperam igual performance face ao ano passado.
No top 3 de mercados, 73% dos inquiridos aponta o mercado interno, 52% o Reino Unido e 45% a Espanha. Mas 38% dos associados já aponta os EUA ente os principais mercados e, curiosamente, 6% aponta a Irlanda.
A Booking.com continua a ser o canal de reserva mais apontado pelos inquiridos (94%), mas 83% também aponta o website próprio entre os três principais canais: “isto é uma aposta da capacitação digital e da aproximação do cliente”, analisou Cristina Siza Vieira. 45% dos inquiridos coloca ainda as agências de viagens como um dos canais prediletos de reservas.
Por Diana Fonseca
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